Friday, August 22, 2008

Dianabolcaos - The Unreal Thing 2008/2009

Pensavam que se escapavam, não era? Julgavam que me tinha esquecido do mais twisted dos jogos da bola... Desenganem-se, seus mariquinhas. Ele aqui está. As inscrições já estão abertas epodem mandar os vossos palpites para esta caixa de comentários. Porém, como não tenho aqui as regras, tomem isto mais como um pré-aviso. Vão pensando sobre o assunto. Nao se esqueçam que a ideia do Dianabolcaos não é saber quem ganha... é adivinhar quem perde. Quem desce. Quem é o pior. A lista com as previsões pode - e deve, para não andar aqui à pesca de palpites- ser enviada para dianabolcaos@gmail.com. O último dia de inscrições é 30 de Setembro. Têm muito tempo para pensar, avaliar, medir prós e contras. Não se esqueçam, queremos uma lista de 6 equipas candidatas à descida, sendo que a n.º 1 valerá tanto mais quanto pior classificada ficar no final, e por aí fora. Depois coloco aqui a tabela, engenhosamente elaborada por mim. Acrescentem ainda um Bueno (um descedor surpresa, caído directamente da 1.ª metade da tabela do ano passado... como aconteceu com o Leiria) e um Gil Vicente (alguém que desce na secretaria... como o Boavista).

Mas antes, e para que não restem dúvidas quanto à qualidade do jogo, eis o nome do vencedor da edição passada: FÉRENC MÉS... ZAAAAAAAROOOOOS!!! Um forte aplauso, meninas. Este homem conseguiu acertar no Bueno e no Gil Vcente.É obra. Fez o pleno...

Aqui fica o quadro de honra do Dianabolcaos:

- Helena Henriques (Champions edition)
- Diego Armés (Champions edition)
- Férenc Mészaros (The Unreal Thing)

Pela terceira edição consecutiva, o prémio fica na casa. Há dúvidas de que isto é caótico? Caótico e despótico! Vamos a isto. O prémio, obviamente, é a honra de bater os imbatíveis dianabólicos. Até agora, muitos foram os que tentaram. Mas nenhum conseguiu. Há aí malta com palpites certeiros? Venham de lá eles. As regras disto alteram-se com muita facilidade e, estou seguro, um de nós (nomeadamente, eu) será o vencedor. Está dado o tiro de partida.

Thursday, August 21, 2008

Melhor diálogo do fim-de-semana (Especial Pequim 2008)

À sombra de pinheiros bravos, para os lados da Ericeira, a seguir a um veranesco frango de churrasco. E minis.

(A mãe, lendo o Correio da Manhã): ... ai, eu acho isto muito mal...
(Eu, fumando e lendo Paul Auster, com indiferença pela paisagem): O quê?
(A mãe): Isto... da chinezinha.
(Eu): Qual chinezinha?...
(A mãe): Diz aqui que foi assim: uma cantou o hino. Mas não foi essa que apareceu na televisão. Foi outra. Porque a que cantou não era bonita.
(Eu): E a que apareceu?
(A mãe): Ai, a que apareceu era muito bonita. Ó. (mostrando-me a foto. Era bonita, sim.)
(Eu): Então e o que é que está mal?
(A mãe): A discriminação. Então, agora só porque a criança não é bonita, a cara dela não pode aparecer?... Eu acho mal...

(Pausa)

(Eu, expressivamente indagador): Estás a ver as coisas de um ponto-de-vista politicamente correcto.
(A mãe, franzindo os olhos): Ãh?
(Eu): Estás a ver as coisas de um modo moralista, mas não prático. Os chinocas foram directos ao assunto. Fizeram muito bem. Se é da imagem que precisam, escolhem uma miúda com imagem.
(A mãe): Então e a outra, coitadinha... a cantar escondida? Isso faz-se? Se calhar estava lá atrás de um pano qualquer... ou numa arrecadação... ou num balneário... pobrezinha...
(Eu): Continuo a achar que fizeram muito bem... Repara, podes ver as coisas ao contrário.
(A mãe franze mais os olhos... fica algures entre a incredulidade e a incompreensão)
(Eu): Sim... a voz da miúda bonita também não pôde aparecer. Porquê? Porque era feia. Portanto, o critério foi o mesmo. Se uma ficou na arrecadação por causa da imagem feia, a outra ficou sem som por causa da voz que não era bonita. É justo. Igualdade para um, igualdade para todos...

(A mãe folheia o jornal... Parece estar a processar o assunto)

(A mãe fala descomprometidamente, como se não falasse comigo... apenas deixasse assim as ideia no ar; as dela): (Encolhendo os ombros, lambendo o dedo para folhear mais um pouco) ... parvos dos chineses... uma criança já não pode... não pode ser menos bonita... coitadinha... fica logo proíbida de aparecer na televisão... estúpidos... devem achar que são muito bonitos... eles... com aquela pele amarelada... e olhos que vão até às orelhas... olha que trabalho... (para mim) olha, mais uma ourivesaria assaltada... em Odivelas... (para ninguém, novamente) isto está bonito, está... é os chineses, é os ciganos... pff...

Wednesday, August 20, 2008

Dos Urais aos Pirenéus

Toda a gente sabe que lá para Leste não é muito bom para jogar a bola. É frio como... a Sibéria, e andam sempre a baralhar as datas porque com gelo e neve a coisa funciona mal. Só que os tipos lá para Leste têm manias, podiam cismar de ser bons naquele jogo giro, o curling, fazer deslizar pedras de granito de 20kg sobre o gelo. Mas não, os eslavos gostam pouco de coisas assim mais exclusivas (manias) têm e porque têm de jogar o mesmo dos gajos do resto da Europa - pronto, vivem agarrados ao facto de a Europa não ser mais do que a parte ocidental do supercontinente euroasiático. E não gostam de ficar de fora, aliás se puderem dar o mote por cá até acham bem. Muito bem mesmo. Ninguém os subestime, se os eslavos querem jogar, arranjam maneira de ser bons, nem que seja indo buscar o Hiddink. É gente de cismas, há os que de maus, vão buscar uma equipa inglesa enchem-na de estrelas e de tugas e assim, mesmo para ganhar tudo, lá está, manias.
Mas, terão cismado o suficiente? Terão previsto que para lá dos longínquos Pirenéus há uns povos acalorados que gostam de Sol, copas e bola?
Está certo que não caíram no erro de fazer um pleno na fase de grupos, já vimos que tem resultado mal - se bem que, também houve quem fizesse esse esforço e morresse na praia igualmente, mas fica a nota.
E se os iberos se lembram da possibilidade de não os deixar jogar ao primeiro toque? Haverá plano b para além do 3-0?

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Cadernos do Euro: da Emigração e das Cordilheiras da Europa

O Portugal e a Suíça. Dois países tão diferentes, porém, com tanto em comum. Para começar, existem os portugueses. Em Portugal, o que há mais é tugas. E se não os exportássemos, de vez em quando, para a Suíça e assim, não cabia toda a gente. Só se fosse no Alentejo. A Suíça também tem muitos bancos. E isto, aparentemente, nada tem que ver com a nossa humilde e lusitana surrealidade. Mas até tem. Vejam o esquema que elaborei: Portugal dá ao mundo o quê? Tugas. O tuga faz o quê? Endivida-se irremediavelmente. O despero do tuga faz o quê? Com que ele se mude. Para onde? Para a Suíça. O que é que há na Suíça? Bancos. Voilá. A isto chama-se planeamento migratório. Portugal não só oferece todas as condições para que os portugueses se mudem daqui como ainda cultiva a tradição de manter gerações e gerações de exotugas na Suíça. Isto é estratégia. Mas estamos aqui é para falar de bola.

Neste campo, Portugal leva vantagem. Enquanto a Suíça tem na bandeira a Cruz Vermelha, só que em branco, Portugal tem no centro da sua a Esfera Armilar. 1 a 0. Oh, não, merda... o árbitro anulou. É caseiro, está visto. Tenho uma desconfiança que Portugal não faz a folha a estes estrangeiros.




Voltemos à bola. De bola percebe o Nereido. No futuro, lá para Agosto, ele pode até ser um gajo normal que desfruta de 18 playgirls por mês e joga no maniunáited. Mas por alturas do Euro, há-de andar com uma peituda arredondada e espanhola – a Espanha ainda ganha esta porra... – que lhe faz a cabeça “corre-te a Madrid, cariño...” e lhe desfaz o lombo e musculaturas diversas. Nota-se. Reflecte-se na forma do homem – magrinho, chupadinho, esguio, enfesado, amarelecido... Ela, ao invés, mostra toda a resplandecente forma espanhola: ali viçosa, despida... não são Torres mas são cúpulas... chiça, Jesus Cristo, aquela mulher traz zimbórios ao peito. Morena. Despida. Por aí fora... Despida...

A Suíça, por seu lado, tem chocolates. Não é mau. Mas diz que – isto é opinião do povo – a Nereida se come melhor e não faz mal aos dentes. O Nereido anda sorridente, apesar da baixa de forma. O sorriso brilha. Não são chocolates o que ele come, aposto. A Suíça tem vários jogadores. E não pego neste assunto assim ao calhas. Digo-o porque estou aqui é para falar de bola. Ora, a Suíça também tem a cordilheira dos Alpes. Bolas. Portugal tem os montes made in USA da Nereida, que é espanhola e deve respeitos a um madeirense. Parece que é golo da Suíça. 1 a 0. Repito, a gente não ganha a estes toscos.

Mas Portugal não é só Nereido e Nereida. Também temos o treinador do Chelsea. A Suíça também tem um treinador. Não me ocorre agora o nome. Nem a profissão. Mas tem. Aqui não dá golo para ninguém. O 1 a 0 mantém-se. Não é fácil comparar dois países com tanta coisa em comum. Isto era jogo para empate. Porém, com o caseirismo suíço, a boa vontade tão tuga typical, sempre a bajular quem nos acolhe, e um Nereido com a cabeça nas meloas da outra em vez de estar com os pés na bola destes, ainda levamos o segundo. E, se isso acontecer, aposto que não chegamos nem às meias-finais. E a espanhola ainda se ri do madeirense, no fim...

Sunday, August 10, 2008

Laranja mecânica ou vodka-laranja?

Calhou-me na rifa o campeão antecipado do torneio, a Holanda. Fez o pleno, com 9 golos marcados contra 1 sofrido, joga um futebol bonito e imparável, tem estrelas quanto baste, na baliza o van der Sar, tem o torneio no papo e pode encomendar o champanhe... afinal, é treinada por Marco van Basten, o avançado que rematou de primeira contra a Rússia (sim, sim, a Rússia) no Mundial de 1988 e foi campeão europeu, o que pode ensombrar a carreira da laranja mecânica? E depois, os holandeses constituem uma claque fantástica, surgem como tulipas nos estádios, nas ruas, e sempre bem dispostos, amantes de cerveja e da mecânica da sua laranja. Afinal, têm um país cuja capital é Amesterdão, são liberais e tolerantes, tudo lhes corre bem... nem precisam de se enervar, podem fumar uns cigarrinhos para rir à vontade.
Mas as tulipas tremem sob ventos de leste, por ali anda um holandês que gostava de ser traidor. E não se importa com o remate brilhante de van Basten - já cá anda há muitos anos...
Pois Hiddink, a quem também tudo corre bem, comanda a Rússia, e acha que a laranja vai bem com vodka, coisa que uma equipa comandada por ele pode tirar de letra, mesmo que seja constituída de eslavos.
Cara laranja, o melhor é aproveitar a vodka e preparar o mundial... até porque, algo me diz, querido Van Nistelrooy, um não chega, e quanto a ti van der Sar, um frango, ou mesmo um peru, acontecem aos melhores.

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