Friday, August 31, 2007

Dianabolcaos - The Unreal Thing: apostas e classificação virtual

Superando as minhas melhores expectativas, o genial e absurdo concurso Dianabolcaos - The Unreal Thing já granjeou várias inscrições e apostas. Para cima de quatro. Pior, há por aqui apostadores que andaram na toca durante as duas primeiras edições e que, num acto másculo, decidiram sair do armário e mostrar as plumas. Deus queira que não se arrependam e que não fiquem com o nick manchado pela humilhação que vos espera. Para as meninas que ainda não estão esclarecidas acerca da valia das equipas a concurso nesta liga - de ladroagem!, dirão, em coro, o Férenc e o Bulhão, a choramingar -, aqui fica uma extensão do prazo de inscrições têm até dia 15 de Setembro, nem mais um dia. A não ser que me apeteça. Para quem não sabe as regras, é perguntar ao Boloposte, a quem a coisa foi de-ta-lha-da-men-te explicada, não deixando margem para dúvidas. Daí a sua aposta clarividente - pudera, a aprender com o mestre!... Não se esqueçam: o prémio não é fabuloso. Mas a vida também não. Portanto, joguem. Aqui ficam as apostas dos destemidos concorrentes e uma última nota: quem não está inscrito no blogger não precisa de se fazer associado desses americanos capitalistas para jogar; basta que envie a aposta para dianabolcaos@gmail.com. Não percam tempo, corram para o vosso e-mail.

Classificação virtual:

1. Aposta Bulhão Pato: (7,75)

1.º Académica (6)
2.º P. Ferreira (1,25)
3.º Naval (0,5)
4.º Nacional
5.º V. Guimarães
6.º V. Setúbal

Bueno: P. Ferreira
Gil Vicente: Benfica

2. Aposta Helena: (7,5)

1.º Setúbal
2.º Académica (5)
3.º Boavista (2)
4.º E Amadora5.º Naval (0,5)
6.º V. Guimarães

Bueno: Nacional
Gil Vicente: Sporting

3. Aposta Boloposte: (6,875)

1.º U. Leiria
2.º Boavista (2,5)
3.º Académica (4)
4.º Naval (0,375)
5.º Leixões
6.º E. Amadora

Bueno: U. Leiria
Gil Vicente: FC Porto

4. Aposta Diego: (6,5)

1.º Naval 1.º de Maio (0,75)
2.º Académica (5)
3.º Vit. Setúbal
4.º Paços de Ferreira (0,75)
5.º Leixões
6.º Nacional

Bueno: Paços de Ferreira
Gil Vicente: Leixões.

5. Aposta Férenc: (6,25)

1.º Naval (0,75)
2.º Académica (5)
3.º Leixões
4.º Vit. Setubal
5.º Est. Amadora
6.º Boavista (0,5)

Bueno: U. Leiria
Gil Vicente: Boavista

6. Aposta Mago: (5,75)

1.º Vit. Setúbal
2.º E. Amadora
3.º Académica (4)
4.º Boavista (1,5)
5.º Naval 1.º de Maio (0,25)
6.º V. Guimarães

Bueno: Paços de Ferreira
Gil Vicente: V. Guimarães.

7. Aposta Zecarlos: (4,75)

1.º Naval (0,75)
2.º Académica (2,5)
3.º Setubal
4.º Boavista (1,5)
5.º Estrela
6.º Leixões

Bueno: Leiria
Gil Vicente: Porto

8. Aposta Metralha: (3,625)

1.º Estrela
2.º Leixões
3.º Naval (0,5)
4.º Académica (3)
5.º Setubal
6.º Paços Ferreira (0,125)

Bueno: Paços Ferreira
Gil: SL Benfica

Entre parêntesis encontram-se os pontos virtuais, isto é, caso a época terminasse agora - o que seria extremamente estranho, mas pronto -, os concorrentes teriam averbado aquela quantidade de miligram... de cenas.

PS - Férenc: escusas de acusar o "sistema". Consulta o quadro e verás que a tua aposta é que foi fraca, não fui eu que fiz batota... Não comeces já com as queixinhas.


PS2 - Ups! :) Afinal tinha-me enganado nas contas... O Férenc nem está assim tão mal, o sistema é falhou mesmo...

Thursday, August 30, 2007

Obrigado, senhor dos potes

Gostava de saber quem foi o senhor que inventou o sistema de sorteio que a UEFA utiliza, o sorteio dos potes. Felizmente, desta forma, não nos calhou o Barcelona e o AC Milan juntamente com o Manchester no mesmo grupo da Liga dos Campeões. Se alguém sabe onde mora o senhor, que me diga por favor, para lhe dar um 'passou-bem' e levar-lhe um bolo de iogurte da minha mãe…

Millions and millions and millions and millions...

Não me alongarei nos comentários acerca do jogo de ontem. Está ganho, com vitórias nas duas mãos, e entrámos na liga dos milhões, que é o mais importante para, em Dezembro, irmos estoirar os tostões num autocarro de gajos ao Paraguai ou ao Uruguai ou ao Brasiluguai ou lá o que é isso. É no Sul.
O sorteio é daqui a poucos minutos. Antes de mais, apraz-me ver o Benfica no segundo pote. Há duas épocas, saímos do quarto - curiosamente, chegámos aos quartos-de-final da prova e fomos eliminados pelo futuro campeão, o Barcelona, depois de superarmos Manchester Utd. e Liverpool - os podões britânicos são sempre apetecíveis. Mas isso para mim são trocos. Eu gosto é de ver o Benfica ali, ao lado dos grandes. Fica bem. Além disso, uma pessoa escolhe o grupo com mais facilidade. Querem ver? Eu só queria isto para a gente se entreter:

-Arsenal;
-BENFICA;
-Steaua de Bucareste;
-Rosenborg.

Pode ser?

Tuesday, August 28, 2007

Pequena e humilde lição sobre as coisas que verdadeiramente importam

Comecemos pelo princípio: ganhar. Não se trata de um processo simpático nem de um desfecho acidental a concluir esse mesmo processo. Chamemos-lhe "objectivo" ou "finalidade". Tanto faz. O que conta é que é o princípio do belo-desporto - bem como de todos os desportos de competição.
Há várias formas de ganhar. Há quem ganhe na relva e há quem o faça em gabinetes. Há quem ganhe com mérito e há quem vença com ajuda. Há ganhadores com sorte, há-os também com talento, com velocidade, com paciência, com força, com técnica, com garra ou com inteligência. Há também quem ganhe porque reúne várias destas características enumeradas e até lhes junte outras que agora não me apeteceu escrever porque estou a meio da minha sande de panado. Iummy.
Eu lembro-me que, dantes, o Benfica entrava em campo e, logo nesse momento, uma ansiedade agradável deixava-me algures entre o agitado e o feliz: íamos "ganhar". Aquilo era mesmo assim: o Benfica ia jogar, logo, o Benfica ia ganhar. Era uma questão de filosofia, de mentalidade, de sentimento. Quem ostentava a Digníssima sabia que a missão era essa, só essa, sempre essa. E não se duvidava nunca. Nem quando a conjuntura era adversa ou a tarde era de chuva ou o Silvino ia à baliza.
Entretanto, um homem conseguiu, com um único golpe, aniquilar esse espírito, essa mística, esse "sentir" à Benfica. Não, não me refiro ao Corleone do Douro. Isso são outros quinhentos - ou quinhentinhos. O pior adversário é aquele que nos envenena, por dentro do sistema, infiltrado e conhecedor do mal que faz. Sim, falo do Artur Jorge. E já mencionei esse nome uma vez, que é coisa mais que bastante para um texto só. Foi esse o homem que tratou de acabar com o "ganhar" no Benfica.
Desde então a recuperação tem sido lenta - quando existe, porque os retrocessos têm sido vários. Confiei eu, há uns tempos atrás, que o tão gozado Luís Filipe Vieira, com os seus maus modos e uma soberba de coitado, à chico-esperto da província, poderia vir endireitar a coisa, devolver esse carácter vencedor ao nosso Benfica. Os primeiros tempos mostraram um homem de apostas fortes e ideias fixas, se bem que anunciadas em palavras trôpegas e timings duvidosos - mas o que conta é sempre a ideia. Vou abreviar que já me doem as pontas dos dedos; estive de férias e habituei-me à frescura dos copos de caipirinha, pelo que o teclado é hoje uma espécie de porco-espinho para a minha delicada digitália. Chegamos ao dia de hoje. E sou obrigado a concluir uma coisa: enganei-me. Afinal, Vieira não sabe o que é isso do "ganhar" benfiquista. Viu na televisão, leu nos jornais, ouviu na rádio que o Benfica era uma "instituição" grandiosa. Mas nunca descobriu porquê. Não sabe, não percebe. Provavelmente, nunca experimentou uma tarde solarenga na claridade das bancadas da antiga Luz a ver o luxo sobre a relva e a sentir que o domingo fora domingamente cumprido, depois de se superar mais um adversário com a certeza absoluta de que nunca o desfecho poderia ter sido outro. Vieira fala muito mas, espremido, diz muito pouco. Diz que somos grandes, blablabla, que o plantel é "chelente", blablabla, campeões "ouropeus", blablabla. Enquanto isso, trata o Benfica como uma "instituição", exige respeito, pede paciência, solicita compreensão e apregoa vitórias que ninguém vê já vai para uma "porrada" de anos - para falar o mesmo dialecto que o "perzidente". A verdade é que a equipa entra em campo e o meu maior desejo é que não se assista a uma humilhação. Depois, e com alguma humildade e a minha típica falta de coluna vertebral, faço-me católico e peço aos santos, aos anjinhos, aos arcanjos, a todas as nossas senhoras de que me lembro - desde o Socorro à Graça, de Fátima a Lourdes, da Conceição à Encarnação - que, por favor, milagre ou outra artimanha qualquer, me deixe ver o Benfica ganhar, só mais uma vez, para que não me esqueça dessa sensação magnífica que é vencer. Ora, Vieira não saberá do que falo, evidentemente. Ele acha que isto de chegar às vitórias é apenas a conjugação de uns factores que, não sendo aleatórios, acabam por ser meio matemáticos. Dependem da soma de umas quantas coisas ou da mistura das mesmas, numa espécie de equação que vai assim: compra-se um avançado caro, junta-se-lhe um treinador novo, acrescenta-se meia-dúzia de reforços, manda-se dois berros no balneário, et voilá!, ganha-se. Vieira não sabe que isto é um exercício um pouco estúpido. Desconhece que a vitória começa na cabeça dos homens e que depois se alastra, convictamente, pelos sentimentos, pelo corpo, pela energia, e que desemboca, muitas vezes, em lágrimas de alegria, em euforias à flor da pele, em felicidade. Vieira, se pudesse, comprava uma máquina de ganhar lá p'rá "instituição" e pronto.

Monday, August 27, 2007

Tal como se previa

Mantendo a tradição dos guarda-redes com nomes terminados em "itch" que alinham pelo sportém, Stojctchckaovicevithc exibiu os seus dotes no Dragão. A ele - e a todos osque me fazem sorrir pelo menos uma vez por dia - o meu sincero obrigado. Que seja para repetir.


Strambolicovitch aguarda, serenamente, o atraso de bola de um companheiro de equipa.

Friday, August 24, 2007

O clássico esquecido, ou a ingenuidade de um gajo simples

É verdade que o facto de ser logo à segunda jornada, quando as baterias estão pouco aquecidas e muitos corpos ainda rebolam debaixo dos UV, retira um pouco de expectativa ao clássico. A falta de fanfarronice dos bimbos, escaldados por nos últimos 3 jogos com o Sporting não ter ganho uma única vez, também não ajuda muito a exaltar os ânimos. Mas confesso que esperava maior destaque ao jogo grande da jornada, mais páginas nos jornais, mais... Ah, espera! (Plash! palma da mão espetada com força contra a testa bronzeada pelo sol da Foz do Arelho). Como podia eu esperar isso quando há tantas coisas, umas sumarentas outras bastante especuláveis, a acontecer no local onde o sol brilha? Ora o Benfica despediu um treinador; entrou o Camacho e as suas bolas de suor amestradas; há tantos reforços sonantes a chegar – Ontem o Oubiña, hoje o Cebola, amanhã o Rui Costa (Oops, este já cá está; não faz mal, é notícia na mesma); o drama de ter que jogar com um ex-júnior contra o Guimarães (‘em 2008 teremos a melhor formação de Portugal e seremos referência na Europa’ LFV); o Anderson que queria voltar para o Brasil porque tinha o filho a morrer e afinal vai para o Lyon; a ansiedade de saber se Luisão recupera ou não a tempo de jogar contra o Guimarães, em mais um milagre do Departamento Médico da Luz; o Rui Costa no fim da época arruma as botas e vai ser chefe do Camacho; o Gilles afinal se é bom para o Estrela, é bom para o Benfica e o Seixal que nunca viu tantas Ford Transit estacionadas na berma desde a última convenção nacional de ciganos.

Como é que eu, estivera são desta cabeça, poderia pensar que um jogo de futebol que não envolve o Benfica é mais importante do que tudo isto?

Thursday, August 23, 2007

Dianabolcaos - The Unreal Thing: Primeiras Apostas

Como pertence, como manda a tradição, como diz a etiqueta, como vem nos livros, bla bla bla, os superiores têm de dar o exemplo. Aqui, nesta casa, manda a Helena. E na Helena mando eu. Portanto, estando a hierarquia definida, vamos mas é ao campeonato, que eu tenho mais que fazer do que passar o ano inteiro a explicar-vos como é que se joga ao Dianabolcaos. Isto é uma cena muito simples: não me apetece explicar outra vez, portanto, escolham seis equipas mais as outras duas e pronto, joguem. Quero lá saber se sabem as regras ou não... Também, de qualquer maneira, sou eu faço as contas e, se estiver mal disposto, o mais certo é que "me engane". Portanto, tanto vos faz. Isto interessa para quê?, perguntam vocês. E eu respondo: para nada. Não se ganha nada, não há dinheiro, não há minis, não há tremoços, não há taças... nada. É um jogo que é uma vergonha. Não percam tempo. Isto foi uma invenção minha apenas para poder encher o ego com uma vitória em qualquer coisa, uma vez por ano. Portanto, ponham-se na alheta: quero ganhar outra vez. Livrem-se de apostar, não gosto cá de concorrências. O Dianabol é MEU e o prémio é, por direito inalienável, também MEU! Aliás, só publico este post para depois vos poder esfregar na cara que GANHEI!!! Eh eh eh... Queriam jogar, não é? Pois... Também eu queria que o Benfica tivesse um defesa central. Aqui estão os palpites dos dois vencedores - um digno e a Helena - das edições anteriores do Dianabolcaos:

Helena Henriques:

1º Setúbal
2º Académica
3º Boavista
4º E Amadora
5º Naval
6º V. Guimarães

Bueno - Nacional

Gil Vicente - Sporting (tão impoluto, são os piores!)

Diego Armés (eu, futuro vencedor):

Classificação:

1.º Naval 1.º de Maio
2.º Académica
3.º Vit. Setúbal
4.º Paços de Ferreira
5.º Leixões
6.º Nacional

Bueno: Paços de Ferreira

Gil Vicente: Leixões.

Caso não tenham mais que fazer aí na repartição e estejam fartos de jogar àquele joguinho patético das minas ou do bubble bubble e, para além de tudo isso, tenham um enorme prazer em perder contra mim, aqui ficam as pontuações do jogo - quem não percebeu, percebesse:

Dianabolcaos - The Unreal Thing

1- 16.º 6; 15.º 3; 14.º 1,5; 13.º 0,75.
2- 16.º 5; 15.º 2,5; 14.º 1,25; 13.º 0,625.
3- 16.º 4; 15.º 2; 14.º 1; 13.º 0,5.
4- 16.º 3; 15.º 1,5; 14.º 0,75; 13.º 0,375.
5- 16.º 2; 15.º 1; 14.º 0,5; 13.º 0,25.
6- 16.º 1; 15.º 0,5; 14.º 0,25; 13.º 0,125.

+

Bueno (outsider: deve ser escolhido entre clubes que, na época passada, tenham ficado entre os 8 primeiros; é premiado se descer de divisão - é uma espécie de underdog dos losers...): vale 10 pontos.

+

Gil Vicente (é o one million shot: para clubes que desçam com queixas na secretaria): vale 12 pontos; se for um dos 3 grandes, vale 24 pontos - e a consequente vitória.

Os vossos palpites, caso já estejam fartos de brincar com clips, elásticos e post it's ou o vosso chefe vos tenha barrado o acesso ao Famous Celebrities, pode ser postado nesta caixa de comentários ou, caso tenham um pingo de vergonha e queiram evitar o vexame, pode ser enviado para dianabolcaos@gmail.com.
O prazo limite para o envio das apostas é, obviamente, quando bem me apetecer. Pelo sim, pelo não, aconselhava-vos a despacharem-se. Nunca se sabe... Isto, se o Camacho não ganha na estreia, segunda-feira sou capaz de vir com os azeites.

PS - Os números grandes, a vermelho, são correspondem aos valores correctos daquela cotação. Na versão anterior, os valores estavam incorrectos. Esta é a tabela válida. Esta tabela será publicada acima.

Tuesday, August 21, 2007

Ordem na casa!

Voltei. Antes de mais, olá meu povo. Como é que estava a Caparica? Hum? E a Quarteira? Seus doidos, isso é que foi quilometrar na Hiace. Vá, voltemos à dura realidade do cocismo da barriga aí na repartição.

1. Fernando Santos começou a ser despedido no dia em que se deixou eliminar, em pleno estádio da Luz, pelo Español, com um algo azarado empate a zero depois de uma extremamente afortunada - porque escassa e abençoada com golos a favor - derrota por 2 - 3 em Barcelona. O engenheiro continuou a marcha inexorável rumo ao despedimento concedendo empates caseiros frente aos dois rivais e aos tixas na parte final do campeonato, acabando por perder não só o título de campeão para um absolutamente medíocre folcuporto (o da segunda volta) como também o segundo lugar - o tal do acesso directo à Liga dos Campeões - para um sportém praticamente ressuscitado, com uma estrutura assente em jovens imberbes, orientado por um treinador que só recentemente terminou a sua formação (com nota inferior ao próprio adjunto, diga-se, e um cabelo de envergonhar qualquer mãe que se preze). Tudo isto para dizer o seguinte: quem defende que Santos não deveria ter saído porque não perde há 22 jogos, blablabla, que ganhou o Torneio do Guadiana (desculpem?!?!) e que até ganhou a primeira mão pré-eliminatória da Champions ao... FC Copenhaga, aqui tem a sua resposta: o ano passado, até o sportém ganhou o Torneio do Guadiana; quanto ao Copenhaga, nem o deveríamos ter defrontado, uma vez que o benfiquista, na sua reconhecida tendência para se sentir confortável recostado no sofá, rodeado de garrafas vazias de mini (Sagres! Nada cá dessas mariquices novas), deveria aguardar pacientemente pelo sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões.

2. O despedimento relâmpago do engenheiro é, portanto, tudo menos relâmpago. Tratou-se de um longo processo. Atrevo-me a dizer que foi até bem "cozinhado". Estas coisas levam tempo a fazer. Luís Filipe Vieira assumiu Santos como o "seu" treinador, à imagem do que Vilarinho fizera com o "seu" Toni. Ao contrário de Vilarinho, que tinha a sua nobreza e um coração mais perto da boca, Vieira exibe aqui todo o seu calculismo: apercebendo-se do erro tremendo que fora a contratação de Santos, constatando, dia após dia, a profunda inépcia do... "treinador" para a função que desempenhava, o querido líder benfiquista estabelece uma estratégia: carrega o plantel com nomes mais ou menos pomposos e paga balúrdios por gente mais ou menos fiável, deixando sobre o "treinador" a obrigação inequívoca de tudo conquistar. Dias depois, abandona-o à sua sorte começando a negociar as jóias da coroa. O engenheiro queixa-se, o presidente riposta com chavões populistas, o engenheiro amua, o presidente esfrega as mãos. Convenhamos, tão bom é um como é o outro. Porém, e ainda assim, prefiro um presidente que, mal ou bem, se oriente, a um treinador que, nem mal, nem bem, saiba orientar. Santos era, cada vez mais, um embaraço e saiu com um ano e tal de atraso, essa é que é essa.

3. A escolha de Camacho como novo técnico é, ao contrário de um histórico sebastianismo, segundo a visão de certos olhos tíxicos, uma absoluta solução de recurso - o chamado chuveirinho, na gíria futebolística. Camacho é tudo menos um garante de vitórias ou sucessos. Ganhou apenas um troféu ao serviço do Benfica. É certo que, enquanto cá esteve, existia a norte do Douro, uma pessoa muito especial chamada Mourinho. É certo que o Benfica fez o maior número de pontos da sua história recente com Camacho ao comando. Também é certo que Camacho, para além do livre homónimo, do assentar do 4-2-3-1 como esquema fundamental (que Santos destruiu...), da reabilitação de Miguel como jogador de futebol, da paciência que teve com Luisão até que este se fizesse central e de ter conquistado dois segundos - diria notáveis - segundos lugares consecutivos (sempre atrás de Mourinho) com um plantel de Armandos, Fernados Aguiares e outros desaires tremendos do mundo da bola, para apresentar na folha de serviço tem apenas a tal Taça ganha ao folcuporto que, sim, viria a ser campeão europeu, mas apenas daí a uma longínqua semana e tal. Ah, e o Fyssas também jogava (Jesus Cristo...). Toda a gente sabe - o mundo inteiro viu na Coreia-Japão, em 2002 - que Camacho transpira abundantemente das axilas. Treinador que transpira assim está condenado ao fracasso. Eu ia buscar o Couceiro.

Sunday, August 19, 2007

Viva, Viva, recomeçou a liga!

Hoje o meu habitual "café no capricho" veio acompanhado por um desconsolado "não há direito!", não? perguntei, resposta pronta do Manel, "não, então marcam aos 90' e sofrem aos 93'? foi desconcentração, festejavam depois, não é? Assim, tss tss não há direito, é desconsolo! E também foi azar, foi azar. Para a semana há empate no Dragão e ficam todos iguais, como deve ser... é, foi azar" E lá continuou o Manel indiferente tanto aos sorrisos zombeteiros de parte da clientela, como às tentativas de provocação da outra parte. Comentários do Nuno Gomes, hummm, faz orelhas moucas - e não é que as palavras sejam loucas, é que não é coisa para assuntar com a dragonagem - tem razão, reconheço. Passo a minha atenção para o jornal, e noto que a blogosfera verde tem a melhor equipa de Portugal e arredores, a liga está no papo e, (aqui confesso que pasmei) o Paulo Bento, tirando o penteado, é igualzinho ao Mourinho.
Adeus silly season, começou a Bwin, viva, viva! Preparem-se as tácticas, toca a apostar no Dianabolcaos - The Unreal Thing, podendo fazê-lo em comentários, devem endereçar as apostas para dianabolcaos@gmail.com.

Thursday, August 16, 2007

Jogo grande no país dos Tugas

Mais uma terça-feira dum Agosto pífio? Não, desta vez há acontecimento nacional, jogo grande na Luz e com tudo o que tem direito, directo desde as seis da tarde na SIC, loas à equipa encarnada que iria, obviamente, trucidar os pobres dinamarqueses, enfim celebração da lusa nação como provavelmente diria a jornalista desportiva de referência do grémio encarnado. Parece que o jogo é da Champions, serão quartos de final, já? Ah, é a terceira pré-eliminatória, pois, é importante na mesma, pois claro, pelo menos nesta altura do ano.

Tudo completa a festa, entrevista ao presidente Vieira que esteve a falar dum Conde do Redondo, aristocrata importante (e malvado) certamente, falou também da comunicação social fazer funerais a treinadores (que mau gosto), e da fabulosa equipa, o Glorioso mais forte dos últimos anos.

Começado o jogo o espanto vai-se instalando, defesa incerta e ataque algo infantil, os tais dinamarqueses não se limitavam a defender, como era o seu papel e ... houve Rui Costa, o único inteligente (como disse no final o treinador do FC Copenhagen). Houve mergulhos, lindo o do Léo, frequentes os do Coentrão. Houve nervos, muitos nervos, pudera, os adversários não colaboraram e empataram o jogo, golpe de sorte certamente. Ou então dedo do tal Conde da Rotunda, ui, desculpem, do Redondo. Finalmente, Rui Costa marca um belo golo, e dá a vitória ao Glorioso (viste bem Berardo? tinhas razão, não percebes nada disto!).

De certeza que este desaire controlado nada teve a ver com a venda de um jogador importante no próprio dia do jogo, com a venda do Simão há umas semanas (concretizando o pesadelo horrível do Fernando Santos), essas minudências em nada influenciam o rendimento das equipas, toda a gente sabe. Quanto muito, a culpa é do Santos, claro, passa a vida a ter pesadelos, assim não se consegue viver! Não admira que passem a vida a querer enterrá-lo, os tais jornalistas - sim, porque mais ninguém o quer tramar, aliás ninguém anda à socapa a falar com o Camacho, aquela espécie de D. Sebastião encarnado.

Aliás isso também deve ser obra do Conde da Circunvalação, ui, desculpem, do Redondo, personagem cuja única ocupação é dar justificado assunto aos discursos do Vieira e eventualmente ser investigado pelo CSI Bolhão - onde, toda a gente sabe, 75% das vendedoras é do Benfica.

Foto por: TAF

Monday, August 13, 2007

Calma, só faltam quatro!!*

‘A Bola’, na edição de sábado, marcou mais uma vez a história do Jornalismo desportivo em Portugal. Não por ter sido capaz de publicar a capa mais feia e absurda alguma feita por um jornal nacional, ultrapassando com distância as capas do ‘Jornal do Incrível’ e de ‘O Diabo’ nos seus melhores momentos, mas por ter entrado no Alexandrino terreno da adivinhação e do futurismo.

Qualquer pessoa com a perspicácia de um observador do FC Porto repara que a pergunta é retórica e que a foto revela o futuro vencedor da Supertaça: O único que tem dentes é Paulo Bento. O Jesualdo usa placa…

E o treinador do FCP revelou bem durante o jogo que, tal como a sua dentição, também os seus mind-games, a sua cultura táctica e a sua capacidade de ler o jogo são postiços.

Não foi uma vitória indiscutível, não houve um domínio avassalador, o Sporting não foi inequivocamente superior ao adversário. Foi um jogo equilibrado e no qual o Sporting acabou por ter mais sorte. E é aqui que se encontra a grande diferença em relação a outros jogos e a finais passadas: Não fomos nós que tivemos que nos embrulhar no conforto mentiroso das vitórias morais. Não fomos nós que tivemos que desenterrar justificações para o ténue equívoco que marcou a diferença com o nosso adversário. Não fomos nós que tivemos que procurar á bruta alguns bodes expiatórios para o nosso fracasso. Não fomos nós que tivemos que dobrar em quatro a nossa arrogância e enfiá-la na sacola à vista de toda a gente. A sorte poucas vezes é obra generosa do divino. Busca-se. Acredita-se. Porfia-se. E geralmente encontra recompensa quem não tem medo. Aquele medo que nos obriga a mudar a nossa táctica para segurar o adversário que afirmamos não nos ser superior. O mesmo medo que nos impede de arriscar quando estamos a perder.

Podemos não ter os melhores jogadores. Podemos não ter o maior orçamento. Podemos não gritar mais alto nem vender mais jornais. Mas temos que ter a melhor atitude. Por isso calhou-nos a Supertaça agora. Há quem lhe chame 'sorte'. Mas a verdade é que, esta época, só faltam 4*…


* Ok, se não vier a Champions não despejamos alcatrão e penas em ninguém…

Tuesday, August 07, 2007

Descubram as diferenças



Solução: Um deles não tem Sportv...

Thursday, August 02, 2007

A hipnose

"O director desportivo do Atlético Madrid, José Luis Pitarch, revelou ontem que em momento algum foi avaliada a possibilidade de incorporar a cedência de dois jogadores na transferência do benfiquista Simão para os ‘colchoneros’" in Correio da Manhã. ( em http://www.quatroquatrodois.blogspot.com/ - 28.07.07)

No outro dia, lá no serviço, o encarregado (uma jóia de homem, não desfazendo – ainda na semana passada lhe levei umas nabiças lá da horta e ele ficou todo contente. A mulher fez logo uma sopinha) mandou-me subir ao escritório da doutora para lhe arrumar a tralha enquanto ela está de férias. Ainda não recebemos mais nenhuma encomenda da Roménia e aquilo lá no serviço anda um bocadito parado…

Pois andava lá eu em arrumações quando vi uma catrefada de livros empilhados na mesinha ao lado do computador. Peguei nos livros para enfiar lá na prateleira, mas como fazia cá um calor depois de almoço e o meu rim me tem andado a apoquentar, resolvi sentar-me lá na cadeira da doutora a passar uma vista de olhos por aquelas leituras, que ainda havia um ou outro com bonecos... E viesse alguém dizer-me alguma coisa, que isto da educação é importante.

Os livros falavam lá de uns senhores antigos, filhos de gente apessoada que, não parecendo, deviam ser uns bruxos ou sei lá o quê e conseguiam controlar a cabeça daqueles mais fracos do tino. Pegavam num relógio com uma corrente ou outra coisa qualquer que fizesse soneira, baloiçavam aquilo á frente do nariz dos pobres e depois tomavam conta da cabeça deles, controlavam-lhes as ideias. O que me supreendeu foi que ainda há pessoas, como a doutora, que compram livros com aquelas patranhas, como se aquilo fosse uma grande coisa! Tenho é que avisar a doutora que eles são uns amadores, porque o mesmo faz o Presidente do Benfica há anos e não precisa de corrente nenhuma com relógio na ponta nem é filho de gente bem apessoada!

O Senhor Presidente do Benfica consegue que algumas pessoas acreditem em tudo o que ele diz como se fosse verdade. E depois quando se vê que não é verdade, consegue convencê-los que, mesmo assim, é verdade. E quem diz o contrário é inimigo e merece ser enterrado vivo em fossas comuns, ao lado de gente de higiene pessoal duvidosa. E a gente acredita nele.

Acreditam em Luis Filipe Vieira porque ele é um ‘homem de palavra’. E se disse que o Mantorras vale 18 milhões de contos é porque já lhe ofereceram 17 e ele rejeitou. Se ele disse, em 2003, que o Benfica teria 500 mil sócios em 3 anos, é porque agora já devem estar a caminho de um milhão. Se ele disse que o Simão não seria vendido por menos de 25 milhões de Euros, então os espanhóis devem ter pago a diferença em caramelos. Se ele disse que a venda do Simão foi 20 milhões de Euros mais 2 jogadores, então o Atlético de Madrid ainda não deu por falta deles. Se ele disse que o substituto do Simão na quarta-feira estava a viajar para Lisboa, então deve vir de bote a remos, porque no Domingo ainda não tinha chegado. Se diz que é um homem transparente, então podemos ver o paté de sardinha a escorregar-lhe pelo esófago. Se ele disse que se demitia se não chegasse aos 300 mil kits sócio vendidos é porque já não é Presidente do Benfica e os seus poderes hipnóticos também já afectam as pessoas que comem com talheres.

Acreditam em Luis Filipe Vieira, porque sim. E não conseguem evitar o abanar positivamente a cabeça e dizer 'muito bem, muito bem' por cada bojarda que lhe sai daquela boca. Quando a doutora voltar de férias vou-lhe dizer que tem é que deitar fora os livros daquele Freud e daquele Braid e passar a assinar ‘A Bola’…